quinta-feira, 8 de junho de 2017

ESTAMOS DE VOLTA. SOMOS PROTAGONISTAS SIM E NÃO CAÍMOS DE PARAQUEDAS

Estamos de volta com nosso Blog, depois de alguns anos sem postar, pois, estávamos nos qualificando porque nessa guerra temos que nos municiar de teorias e boas praticas, pois, o inimigo por vezes esta dentro da nossa própria casa. Voltaremos a postar temas sobre a Psicologia Social do Racismo, Cultura afro, Juventude de Terreiro,  Juventude Negra, Mulher Negra, Saúde da População Negra, Educação Inclusiva, Educação Superior e as cotas para Negros nas Universidades Movimento Negro do Acre e do Brasil e outros assuntos relevantes para o Combate a Intolerância e a Discriminação Racial.. Esperamos que gostem e curtam nosso Blog.



quarta-feira, 18 de novembro de 2009

PROJETO CONSCIÊNCIA NEGRA




2009
Estamos na fase já de consolidação de mais uma semana da consciência negra. Esse ano pautaremos a diversidade de nossa cultura. diversidade essa tratada até mesmo no sincretismo Amazônico, realizada entre o os negros trazidos e os índios, donos da terra. Fomos o único povo que pediu licença pra entrar aqui; apesar de sermos entrados a força. Essa nossa parceria fez ser possível alguns anos depois a construção dos primeiro Quilombos.
E é essa história que queremos contar esse ano. Participe com a gente. somos forte se semrmos juntos!axé!!




PESSOAL ESSE É NOSSO PROJETO DO MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA. CONSTRUÍDO COM A COORDENAÇÃO DAS RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA DO ACRE.
author: ZUMBI de ARIMATÉIA

Projeto
Consciência
Negra
Projeto Consciência Negra
Organização
CERNEGRO - ACRE
COORDENAÇÃO DE COMUNIDADES DE TERREIRO DE RIO BRANCO

PROJETO CONSCIÊNCIA NEGRA
Nome das organizações envolvidas:
CERNEGRO – ACRE
UNEGRO
COORDENAÇÃO DE COMUNIDADES DE TERREIRO
MOV. HIP-HOP
LIGA DE CAPOEIRA
PARCERIAS:
F.E.M – Fundação Elias Mansour
F.G.B – Fundação Garibaldi Brasil
CARMAA
ACCUNERÁ
CEN
Sinopse do projeto:
As ações deste projeto têm vistas à sensibilização dos segmentos sociais comunidade em geral, para a problemática histórica, sócio-cultural e econômica vivenciada pela população e as comunidades afro-brasileiras no Acre, bem como, a compreensão sobre o atual panorama de suas manifestações artístico-culturais e das políticas públicas aplicadas.
São ações e eventos que tem vistas a comunicar publicamente as comemorações pelo mês da Consciência Negra e ainda dar visibilidade aos afro descendentes no Acre e suas formas organizacionais e o combate à intolerância religiosa e a qualquer tipo de discriminação.
Público diretamente beneficiado:
Toda a sociedade acreana em mobilização alusiva às atividades relacionadas ao Mês da Consciência Negra e ao dia nacional da Consciência negra, culminando com ato político-cultural no dia 20 de Novembro, e uma passeata contra a intolerância religiosa no dia 05 de dezembro, com a participação de todas as manifestações locais de religiões e cultos diversos.
Justificativa:
Citamos como exemplo emblemático desta realidade, o Estado do Acre. Neste, os três maiores fenômenos culturais de massa (o novenário, o 20 de janeiro em Xapurí e a Expoacre), fazem parte do calendário cultural e religioso de nosso Estado há tempos, mesmo apregoando a laicidade constitucional do Estado. O contraditório disso é o Estado acreano, na sua gênese, ignorar completamente a existência de outros calendários religiosos e culturais concebidos, originados e desenvolvidos no seio da população Negra acreana. Apesar do enorme peso sócio-econômico destes fenômenos, a importância do papel da negritude na cultura e no trabalho é, via de regra, negada, ignorada, relativizada ou camuflada em algumas instâncias instâncias da estrutura do Estado e da sociedade.
Na região Norte existe uma peculiaridade que torna inexata as estatísticas, pois a maioria dos pardos (em percentual oficialmente indeterminado) é na realidade indígena-descendente constatando com o resto do Brasil onde os pardos, salvo as mínimas exceções, são de origem dominantemente africana. Cabe lembrar também que a população de toda a região norte corresponde a apenas 7,8% da população do país. Por comparação, nota-se que a população parda de origem afro em todas as outras regiões do país, é sempre de 4 a 6 vezes maior que a autodeclarada preta e na média nacional, cerca de 7,5 vezes maior. Podemos então inferir que a população parda de origem afro no Amazonas é da ordem de 22% da população, o que somado aos 3,7% de pretos autodeclarados, giraria em torno de 25% da população do Estado. Isto representa a mesma proporção de população "branca" e é seis vezes maior que a população indígena e a metade da população parda índio-descendente desmontando assim, o mito da inexistência ou insignificância da presença negra no Norte.
À revelia destes dados, a imagem identitária fortemente difundida é que somente o branco e o índio são os construtores da identidade amazônica e a população negra, apesar de sua comprovada importância na construção da Amazônia, tem pouco acesso à cidadania e a políticas públicas e aos olhos da classe dominante e de alguns setores do Estado, permanece sobre o manto da invisibilidade.
Objetivo geral:
Mobilização alusiva as atividades relacionadas ao Mês da Consciência Negra e ao dia nacional da Consciência negra, realização de um ato público local, e de uma caminhada interreligiosa com a conseqüente participação da sociedade em geral e dos segmentos afro-brasileiros em suas manifestações culturais e o fortalecimento das tradições afro-religiosas no Acre, envolvendo ações direcionadas a toda sociedade.
Objetivos específicos:
Melhoria dos métodos e do conteúdo didático dos multiplicadores das manifestações cultuais afro-brasileiras no estado do Acre.
Fortalecimento e visibilidade das tradições afro-religiosas no Acre, envolvendo toda a sociedade.
Divulgação por meio de mídia eletrônica e digital, das intenções do movimento afro-brasileiro acreano.
Espaço para a troca de informações, experiências e conhecimento da sociedade acreana sobre as diferentes manifestações culturais do afro-brasileiro.
Atividades planejadas:
AÇÕES PLANEJADAS
Seminário de abertura na UFAC em parceria com o NEAB
Atividades em escolas e universidades, públicas e privadas.
Ciclos de Seminários com o professor Jairo Pereira sobre “Cosmovisão Africana”
“Somos Filhos do mesmo Deus”
Exposição, Feira do Sagrado e Caminhado pela vida e Liberdade Religiosa
Feira de Culinária Afrobrasileira.
Palestras em alguns municípios do Estado do Acre
Saúde da população negra, debates e palestras
Dia da CONSCIÊNCIA NEGRA Rua da África 20 de novembro
Quadro de Ações:
Dia
Ação
03 a 04 de novembro
09 a 12 de novembro
13 de novembro
16 de novembro
17 a 20 de novembro
20 de novembro
18 de novembro
23 a 27 de novembro
27 de Novembro ?
05 de Dezembro
Abertura da programação na UFAC
Seminário de com o Prof. Jairo Pereira
Palestra no Bujarí manhã e tarde na escola de ensino médio do Município
Conselho de Saúde de Rio Branco atividade sobre saúde da população Negra
Semana de História
ATO CULTURAL NA RUA DA ÁFRICA
Palestra no Município de Xapurí
Atividade na UFAC: Simpósio sobre identidade na Amazônia
Abertura da exposição do sagrado, em preparação para a
Caminhada pela paz e contra a intolerância
Caminhada pela paz e contra a intolerância, saída em frente ao
Colégio de aplicação, no centro, em frente ao INSS.
Metodologia:
Através das oficinas, palestras, convivências e mostras bem como, a participação das entidades e sociedade em geral. Com uma característica já peculiar em nossas atividades, a programação será diversa e contará com a participação de diversas instituições e entidades públicas e privadas. Conforme programação acima.
Indicadores:
Objetivos Específicos
Indicadores
Por meio das atividades.
Alcançar uma mobilização social acima de 2000 mil pessoas de forma direta e direcionada.
Os Seminários e Palestras pretendem ampliar os horizontes da compreensão do público participante sobre os diferentes temas.
Alcançar uma mobilização social acima de 500 pessoas de forma direta para melhoria da formação política e cultural.
Oportunizar espaço e visibilidade para grupos artístico-culturais.
A melhoria e a ampliação dos processos difusores de informações da cultura afro-brasileira no Acre.
Descrição da contrapartida:
O impacto gerado pela relevância do tema diante dos conceitos de responsabilidade social, desenvolvimento sustentável e meio-ambiente, fora o resgate antropológico de conceitos referentes à nossa região.
As diversas aplicações da logomarca e resultados do evento em todos os veículos selecionados para divulgação das atividades.


Descrição da aplicação dos recursos requeridos:
Necessidades Técnicas
Estruturas físicas para apresentação do show do dia 20 de novembro, sendo necessário palco, iluminação, sonorização e cachê (400,00) para uma banda de samba de raiz (Roda de Samba) composta de 08 (oito) músicos.
Parceria com os órgãos públicos competentes para a realização da passeata do dia 05 de dezembro, com batedores da polícia militar e outros itens necessários a realização de evento de tal porte.
Espaço para a realização da exposição interreligiosa.
Disponibilização de água potável durante os eventos dos dias 20 de novembro e 05 de dezembro.
Material promocional do evento: camisas, mídias impressas, audiovisuais e radiofônicas.

domingo, 6 de setembro de 2009

Racismo e crimes no Hipermercado Carrefour

Racismo e crimes no Hipermercado Carrefour


No dia 07 de agosto de 2009 Januário Alves de Santana, funcionário da Universidade de São Paulo – USP foi com sua esposa, dois filhos, irmã e cunhado fazer compras no Hipermercado Carrefour, na loja da Avenida dos Autonomistas, em Osasco. Na dependência do estabelecimento foi vítima de tortura por motivação racial, dois crimes hediondos enquadrados, na constituição e nas leis 9.455/1997 e 719/1989 (Lei Caó).

Sob suspeição de um crime inusitado – roubar seu próprio carro - Januário Santana foi espancado com socos, cabeçadas, chutes e coronhadas, numa salinha da loja por cerca de cinco seguranças. Ao mesmo tempo ouvia impropérios relacionado a sua raça. A vítima e sua esposa, Maria dos Remédios do Nascimento Santana, pagaram o preço de serem negros e comprarem um carro EcoSport, que está sendo pago em 72 parcelas de R$ 789,00.

No local do evento, depois de acionada a Polícia Militar tornou-se cúmplice do crime praticado pelo Carrefour, pois reforçou a suspeição e o racismo no atendimento da ocorrência quando disse: “Você tem cara de que tem pelo menos três passagens. Pode falar. Não nega. Confessa, que não tem problema”. Negligenciaram sua função de apurar o fato ocorrido, constatar a verdade e deter os responsáveis.

O erro da polícia foi grave na ação e na omissão, porque além de discriminar um cidadão e não cumprir sua função, negou socorro a um homem ferido pela tortura que fora submetido. Ainda impera nas estruturas oficiais de Segurança Pública o principio da criminologia lombrosiana, onde o negro ocupa o lugar de suspeito padrão. A cena completa do crime desvenda o vigor do racismo institucional nos principais órgãos do Estado Brasileiro.

O Hipermercado é responsável pela contratação da empresa de segurança; por permitir que seguranças trabalhem sem farda; pela versão fantasiosa na nota que afirma que houve apenas uma briga entre cliente, explicitando a intenção de omitir a ocorrência do crime, apenas recuou em razão da grande repercussão; pela não prestação de socorro à vítima; e pela gerência da loja se manter omissa durante todo processo.

O fato ocorrido é de inteira responsabilidade do Carrefour. A observação de seu comportamento nos demonstrou um profundo desrespeito com seus clientes, com a opinião pública e total sintonia com o método utilizado pelos torturadores. Há outras denuncias que enquadram o Carrefour como uma empresa que viola os Direitos Humanos de seus clientes e não raro de seus funcionários.

Outro fato grave que merece o mais veemente repúdio de toda sociedade é a existência da “salinha de castigo”, disponibilizada na loja para reprimir casos de indisposição, insurgência ou rebeldia de clientes. As ações que envolvam segurança interna desses estabelecimentos devem estar sob a mais rígida observância da Lei. Essas “salinhas” afrontam o estado de direito e a consciência democrática, remontam as práticas dos anos de chumbos, repudiados por toda sociedade brasileira.


Diante do exposto exigimos:


Do Estado

· Apuração dos fatos e punição dos responsáveis.

· Reparação aos danos físicos, morais e psicológicos impostos a Januário Santana.

· Apuração e punição aos policiais que assumiram a cumplicidade do crime.

· Combate ao Racismo Institucional que vigora na Polícia Militar.

· Responsabilização das empresas de segurança privada que não capacita adequadamente seus funcionários.




Do Carrefour


Retratação a Januário Santana pelo fato ocorrido e pela tentativa de mitigar a repercussão e a correta apuração do crime.

Total colaboração para apuração dos fatos.

Demissão de todos envolvidos (inclusive os que formularam a versão fantasiosa para imprensa complicou mais a situação).

Rescisão de contrato com a empresa de segurança responsável pelos funcionários envolvidos no crime. Exigência de qualificação continuada aos seguranças que prestam serviço ao Carrefour.

Ações afirmativas que permita acesso e mobilidade profissional ascendente de funcionários negros.


Entidades que assinam este documento:
APN´S / Ceabra / Centro Cultural Sitio dos Palmares / CGTB / Circulo Palmarino / CONEN / Conlutas / Conegro / CPD Negro Sim / CTB / CUT / Frente Estadual Parlamentar de Promoção da Igualdade Racial / Frente 3 de Fevereiro / Instituto Dom Isidoro de Souza / Instituto do Negro Padre Batista / INSPIR / MTST / Negra Sim / Sindicato dos Comerciários / Uneafro Brasil / Unegro/CERNEGROACRE

quinta-feira, 9 de julho de 2009

ESSAS SÃO AS PROPOSTAS DO ACRE APROVADAS NA II CONAPIR











PROPOSTAS CONEPIR - ACRE
Grupo de Trabalho 1 – Religiosidade
Propostas Estaduais
1. Resgatar as raízes afro-brasileiras, ameríndias, comunidades de terreiro e povos palestinos no Acre, em todas as formas de manifestação;
2. Identificar a origem e registro da história das religiões de matriz Africana, comunidades de terreiros e Ameríndias presentes no Acre;
3. Inventario e diagnóstico das Religiões de Matriz Africana, comunidades de terreiro e Ameríndias existentes no Acre;
4. Disponibilizar recursos públicos, em forma de patrocínio, para as Religiões de Matriz Africana, comunidades de terreiro e Ameríndia destinadas especificamente à promoção, desenvolvimento, fomento, resgate, dentre outras ações, em benefício de manifestações culturais dessas comunidades;
5. Criação de um órgão estadual representativo da cultura afrobrasileira do Estado Acre;
6. Divulgação das Religiões de Matriz Africana, Comunidades de Terreiro e Ameríndias para promover a construção de uma imagem positiva das mesmas;
7. O reconhecimento das religiões de Matriz Africana, Ameríndias e Comunidades de Terreiro por parte do governo. A facilitação por parte do governo das ações sociais implementadas pelas religiões de Matriz Africana, Comunidades de Terreiros e Ameríndias, e, o registro e a legalização das Casas de Umbanda e Candomblé;
8. Criação de um fórum intereligioso (incluindo as Religiões Ameríndias, Comunidades de Terreiro e Povos Palestinos) coordenado pela SEJUDH e as entidades organizadas da sociedade civil para fortalecer a luta contra o preconceito, discriminação e a intolerância religiosa;
9. Promover um encontro de Orixás, Inkisses, Voduns e Encantados – Evento de confraternização que reunirá todas as Casas de Religiões de Matriz Africana, Ameríndias e Comunidades de Terreiro com o auxílio do governo estadual\SEJUDH;
10. Audiência pública envolvendo os Ministérios Público federal e estadual, Secretaria de Segurança Pública, Polícia Militar e Civil, SEJUDH, Poder Legislativo e imprensa estatal para tratar da intolerância religiosa dentro de um prazo de 90 dias;
11. Exigir celeridade dos Órgãos competentes, especialmente o Ministério Público Estadual, nos casos envolvendo processos de Intolerância Religiosa relacionados na Recomendação 01\2009 referente ao Processo Administrativo 004416\2008, como também a denúncia em desfavor do Vereador Francisco Alves Vieira (Sargento Vieira);
12. Exigir presença de entidades representativas das religiões de Matrizes Africanas na Comissão Organizadora da CONFERÊNCIA ESTADUAL DE COMUNICAÇÃO.
Propostas para Plenária Nacional
13. Denunciar na Conferência Nacional, os casos de intolerância religiosa ocorridos no Estado do Acre, como forma de combater esta modalidade de violência praticada contra as religiões de matriz africana (participação dos representantes dos religiosos de matriz africana na plenária nacional);
14. Propor a vinda da Ouvidoria da SEPPIR na Audiência Pública onde será discutida a intolerância religiosa, além de visitas às Casas Religiosas de Matriz Africana para colher denúncias de intolerância religiosa;
15. Denunciar ao Ministério da Justiça (Classificação Indicativa), Ministério Público Federal e ANATEL as práticas de intolerância religiosa contra religiões de Matriz Africana em Programas de Televisão e Rádio de concessão pública para que sejam tomadas as medidas legais;
16. Exigir presença de entidades representativas das religiões de Matriz Africana na Comissão Organizadora da I CONFERÊNCIA NACIONAL DE COMUNICAÇÃO NACIONAL e na CONFERENCIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA.




Grupo de Trabalho 2 – Cultura e Educação
Propostas Estaduais
1. Criar um departamento na secretaria estadual de educação para deliberar e acompanhar a gestão de políticas étnico-racial;
2. Maior fiscalização dentro das escolas sobre a aplicação das leis 10.639 e 11.645.
3. Iniciar imediatamente um debate nas escolas de ensino médio e fundamental e nas faculdades sobre cotas;
4. Realizar eventos periódicos nos diversos núcleos da UFAC, com a participação dos estudantes para divulgar a lei 10.639 e 11.645, sua aplicação e as resoluções II CENPIR;
5. Criar um grupo misto de entidades públicas e privadas para verificar a aplicação da lei 10.639 nas escolas particulares;
6. Juntar líderes de sala e grêmios escolares para realizarem feiras colegiais de caráter étnico-racial;
7. Que a SEJUDH forme uma comissão que possa levar aos municípios o estudo detalhado da lei 10.639 e 11.645 e que implante neste ato, ser núcleos nos municípios de orientação e aplicação da lei;
8. Criar observatório de descriminação racial da mulher negra;
9. Criar coordenação de políticas étnico racial nas secretarias de educação;
10. Estruturação do fórum étnico racial;
11. Fazer articulação para dar um recorte de raça em todos os projetos e principalmente nas ações da SECRETARIA ESPECIAL DA MULHER;
12. Criação de uma secretária ou órgão governamental para encaminhar as políticas de promoção da igualdade racial no Estado;
13. Fazer encontros com professores para sensibilização sobre essa temática;
14. Criação de coordenadorias municipais de políticas de Promoção da Igualdade Racial que será responsável por encaminhar todas as questões no âmbito, contendo um setor específico para a Educação.

Propostas para Plenária Nacional

15. Promover ações para rechaçar o processo de substituição do vestibular pelo ENEM;
16. Maior fiscalização dentro das escolas sobre a aplicação das leis 10.639 e 11.645.
17. Realizar uma campanha em rede nacional a fim de mudar o conceito de descobrimento do Brasil;
18. Incluir o índio como o verdadeiro dono do Brasil, de acordo com a C.F em seu artigo 231; que reconhece o direito originário do índio sobre o território brasileiro;
19. Destacar a luta, os massacres a escravidão e a dizimação dos povos indígenas.
20. Reconhecer a diferença entre inclusão e cultura;
21. Criar observatório de descriminação racial da mulher negra;
22. Inserção do estudo das religiões de matrizes africanas e da religiosidade indígena na disciplina de ensino religioso da rede pública estadual e Federal;
23. Reativar as propostas 5 e 6 da primeira CONAPIR que não foram efetivadas.
Grupo de Trabalho 3 – Saúde
Propostas Estaduais
1. Democratizar as informações dos recursos destinados a saúde pública para melhor visibilidade da população;
2. Implantar um sistema de informação a todos os órgãos públicos (executivo, legislativo, judiciário e sociedade civil) sobre os direitos do cidadão (índios, negros, seringueiros, ribeirinhos);
3. Cobrar dos conselhos de saúde, publicação e divulgação das matérias aprovadas no plenário do conselho;
4. Educação permanente dos profissionais de saúde para identificação de doenças específicas nas populações vulneráveis, incluindo a matéria de antropologia;
5. Garantir a capacitação e formação dos agentes indígenas de saúde e de saneamento na área de saúde;
6. Garantir a capacitação e o reconhecimento como categoria profissional das parteiras tradicionais indígenas, pelos conselhos das categorias;
7. Que os programas de saúde, de prevenção de saúde da mulher, nas comunidades indígenas, sejam respeitados de acordo com seus hábitos culturais;
8. Que os programas de saúde, de prevenção de saúde da criança e do adolescente, nas comunidades indígenas, sejam respeitados de acordo com seus hábitos culturais;
9. Que os programas de saúde, de prevenção de saúde do idoso, nas comunidades indígenas, sejam respeitados de acordo com seus hábitos culturais;
10. Capacitar atendentes e gestores para se diagnosticar a anemia falciforme na rede pública de saúde;
11. Toda unidade de saúde e quando da realização do teste do pezinho (atendimento neonatal), seja notificado os casos de anemia falciforme;
12. Ao se detectar anemia falciforme, os pacientes recebam atendimento e orientação imediata pelos profissionais de saúde e que seja notificado no protocolo de atendimento;
13. Concurso para contratação de profissionais, para que todas as equipes de atendimento nos programas de atenção a saúde, sejam compostos de forma multiprofissional e multidisciplinar;
14. Que a regulação funcione nos três níveis de gestão do SUS;
15. Contratação de Clínico Geral, Assistente Social e Cirurgião Dentista para os distritos, Alto Juruá e Purus para atendimento da comunidade indígena;
16. Reconhecer como atividade profissional os servidores que exercem atividade como: (barqueiros, gerentes dos pólos, vigias e etc. ) sendo estes parte das equipes de saúde indígena.
Propostas para a Plenária Nacional
17. Democratizar as informações dos recursos destinados a saúde pública para melhor visibilidade da população;

18. Implantar um sistema de informação a todos os órgãos públicos (executivo, legislativo, judiciário e sociedade civil) sobre os direitos do cidadão (índios, negros, seringueiros, ribeirinhos);
19. Educação permanente dos profissionais de saúde para identificação de doenças específicas nas populações vulneráveis,incluindo a matéria de antropologia;
20. Garantir a capacitação e formação dos agentes indígenas de saúde e de saneamento na área de saúde;
21. Garantir a capacitação e o reconhecimento como categoria profissional das parteiras tradicionais indígenas, pelos conselhos das categorias;
22. Que os programas de saúde, de prevenção de saúde da mulher, nas comunidades indígenas, sejam respeitados de acordo com seus hábitos culturais;
23. Que os programas de saúde, de prevenção de saúde da criança e do adolescente, nas comunidades indígenas, sejam respeitados de acordo com seus hábitos culturais;
24. Que os programas de saúde, de prevenção de saúde do idoso, nas comunidades indígenas, sejam respeitados de acordo com seus hábitos culturais;
25. Toda unidade de saúde e quando da realização do teste do pezinho (atendimento neonatal), seja notificado os casos de anemia falciforme;
26. Concurso para contratação de profissionais, para que todas as equipes de atendimento nos programas de atenção a saúde, sejam compostos de forma multiprofissional e multidisciplinar;
27. Que a regulação funcione nos três níveis de gestão do SUS;
28. Garantir acento de representação indígena de acordo com a resolução 333 do Conselho Nacional de Saúde, órgão máximo de deliberação de gestão do SUS;
29. Centralização dos recursos financeiros destinados a saúde indígena e que esse recurso seja de responsabilização da secretaria especial de saúde indígena;
Grupo de Trabalho 4 - Trabalho e Desenvolvimento Econômico
Proposta Estadual
1. Adotar na política de contratação de serviços, entre Estado e capital privado, implementação de ações afirmativas na saúde, trabalho, educação, cultura, moradia e benefício social para as populações afro-descendentes e indígenas;
2. O Estado deve promover estudo e levantamento e reconhecimento de populações quilombolas no Acre, envolvendo entidades da sociedade civil que trabalhem com a temática;
3. Mapear setores produtivos, identificar as etnias mais freqüentes e elaborar políticas de desenvolvimento do setor, de acordo com a aptidão;
4. Estabelecer percentual de vagas no trabalho privado, para os afro-descendentes;
5. Capacitar gestores/as, operadores/as de Direitos e Agentes Sociais na área de Segurança Pública com ênfase em: Gênero, raça, etnia e Direitos Humanos;
6. Intensificar no serviço público, políticas para o combate a discriminação por orientação sexual e todas as formas de violência contra a mulher, em especial, na educação, no trabalho, na saúde e no sistema penitenciário;
7. Convocar a sociedade civil e o Estado para um debate amplo envolvendo a temática de homossexualidade, pessoas portadoras de hiv-aids, profissionais do sexo e usuários de drogas e Drogas Injetáveis;
8. Intensificar as ações no combate ao tráfico de seres humanos, considerando que o Acre é uma região de fronteira (Peru/Bolívia);
9. Implementação de Cursos profissionalizantes no sistema penitenciário (de acordo com as exigências do mercado de trabalho);
10. Inclusão e implementação da Lei 10.639-03 e 11.645;
11. Realização de campanhas educativas na mídia, em horário nobre, mostrando as diversas raças e etnias, ressaltando que é crime a discriminação racial;
12. Criação de conselhos estaduais e municipais de direitos humanos com recorte étnico-racial.
Propostas para a Plenária Nacional
13. Promover no Estado brasileiro Políticas Públicas para a efetivação de ações afirmativas em prol das diversidades étnicas;
14. Adotar na política de contratação de serviços, entre Estado e capital privado, implementação de ações afirmativas na saúde, trabalho, educação, cultura, moradia e benefício social para as populações afro-descendentes e indígenas;
15. Implementar na iniciativa privada ações de combate a baixa escolaridade;
16. Adotar política de qualificação profissional e emprego para mão-de-obra local com recorte de raça e de gênero e etnia;
17. Criar linhas de crédito e capacitação profissional e tecnológica continuada para o empreendedorismo com assistência técnica (monitoramento), tendo como protagonistas os afro-descendentes e indígenas;
18. Estabelecer percentual de vagas no trabalho privado, para os afro-descendentes;
19. Permitir o acesso de políticas públicas para ações de reafirmação identitária.
20. Introduzir nos ciclos básicos de cursos universitários, das disciplinas obrigatórias, conteúdo sobre as relações étnico-raciais de gênero e direitos humanos;
21. Combater a exploração sexual infanto-juvenil, com ênfase em educação, saúde para as populações negra e indígenas;
22. Intensificar no serviço público, políticas para o combate a discriminação por orientação sexual e todas as formas de violência contra a mulher, em especial, na educação, no trabalho, na saúde e no sistema penitenciário;
23. Intensificar as ações de combate ao trabalho escravo em todo território Nacional;
24. Intensificar as ações no plano nacional de segurança pública, de programas voltados para a população negra,com ênfase nas mulheres negras;
25. Implementação de Cursos profissionalizantes no sistema penitenciário (de acordo com as exigências do mercado de trabalho);
26. Inclusão e implementação da Lei 10.639-03 e 11.645;
27. Realização de campanhas educativas na mídia, em horário nobre, mostrando as diversas raças e etnias, ressaltando que é crime a discriminação racial.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

CANDOMBLÉ DE ANGOLA










Candomblé de Angola
Ao iniciar este artigo intitulado CANDOMBLÉ DE ANGOLA, o faço com a intenção de mostrar aos nossos irmãos algumas coisas que anteriormente ficaram encobertas, impedindo a muitos iniciados de aprofundarem-se nos conhecimentos necessários ao desenvolvimento da nação para prestar sua reverência ao seu inkinse.
Hoje não se vê mais com tanta freqüência os mesmos rituais que eram praticados nos terreiros de maior tradição, em que nos dias de festa se fazia o despacho de Unjira ( Exú ) durante o dia, em cerimônia fechada e, somente restrita ao pessoal da casa, ficando o ritual dos inkinses como parte principal das comemorações, pois, por ser um ritual longo e muito bonito ( Kiambôtê ) era interessante cumpri-lo à risca.
Após cantar ( zuelar ) para todos os inkinses, intermediava-se com saudações ao abanto (povo), inclusive com cânticos de parabéns ( Chérebele ) para o inkinse que estava sendo festejado. Antes de terminar o ritual, lá pela madrugada era cantado cânticos aos elementos e criações que faziam parte do ritual.Em primeiro lugar saudava-se a Lua (Kodiamanbu), depois o Sol (Tata Muilo), a Chuva (Vulaiô) e por último a Terra (Intoutu), ressaltando-se que a primeira cantiga é do galo (Karamborô).
Lamentávelmente já não se vê esse ritual ser desenvolvido na íntegra.Parece-nos que os dirigentes do Kandomblé de Angola têm muita pressa de terminar suas festas, não prestando todas as homenagens aos seres que integram o nosso Kandomblé. Observamos também que o nosso linguajar está bastante deturpado, sendo que a isso devemos responsabilizar aos nossos mais velhos zeladores, que não tiveram o cuidado necessário de passar aos Muzenzas ( Yaôs ), quando da sua iniciação, a origem e forma correta do dialeto, deixando os mesmos usarem linguajar de outras nações.
Exemplo:Insistimos em falar Obí, quando o correto é Dikezu. Falamos Orobô e o certo é Mumbala ou Dikadade. Dizemos Obé e o correto é Pokó (faca). Fósforo que para nós é Kerê Kiankutu, é chamado de Chanan, equivocadamente. Falamos Axé, quando no Angola é Gunzo. Quando nos referimos a casa, falamos Ilê e na nossa nação é Unzó. Até hoje falamos Homin ao nos referirmos a água, e, no Angola água é Amaza ou Meiam. Muitos angoleiros falam Oin refgerindo-se ao mel e o certo é Embá. Sabão é gamazi e não Ochê. Ogã para nós é Tata Kambono, Ekéde é Makóta, Yalaorixá é Mamêto, Babalaorixá é Tatêto, Atabaque é Ingoma, e, ao nos referirmos a roupa falamos Zitanga e não Achó. Não falamos palha da Costa e sim Vumpam. Ao louvarmos os Orixás, quando nos referimos a Ogum dizemos Nkôssi. Ossayn para nós é Katendê e Oxossi é Matakalambô. Xangô é Inzaze ou Zaze. Obaluaiê é Tingongo e Omolú louvamos como Insumbu.
A grande Deusa Inhaçã falamos Matamba, Angurucemanvula. Oxum é Dangualunda. Yemanjá é Kaiare ou Danda Lunda Kukuêto Kaité. A grande Orixá Nanã reverenciamos como Gangazumba ou Zumba, a Erê nos referimos como Vunji, a Oxum Marê falamos Angorô ou Angolô, e, a Oxalá saudamos como Lembá, etc. Nós falamos Ebomi, o correto é Kóta. Falamos quartinha e o certo é Kalhamazi ou gózem. Dizemos Ronkó e no Angola é Bakissi. Usamos muito o portugues, quando deveríamos falar o linguajar do nosso kandomblé.
Por estas e outras, meus irmãos, é que digo que a deturpação está caminhando a passos largos, porém, tenho a certeza que conseguiremos num futuro muito próximo ver nossa religião angolana ou melhor o Candomblé de Angola com seus participantes falando e praticando corretamente o seu ritual.
Até lá.
Nelson Mateus Nogueira

sexta-feira, 3 de julho de 2009

II ENCONTRO REGIONAL DE CONSEAS DA REGIÃO NORTE






















A CERNEGROACRE/UNEGRO/CARMAA/CEN, faz parte do Conselho de Segurança Alimentar e está no processo de discussão da avaliaçao das propostas aprovadas na III Conferencia Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, estamos avaliando os avanços, retrocessos e desafios a serem cumpridos. esse encontro aqui no Estado do Acre, foi de fundamental importancia para o fortalecimento das ações direcionadas a segurança alimetar, os estados do Norte estão avançados na tematica.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

RELIGIOSOS DE MATRIZES AFRICANAS SAEM FORTALECIDOS DA II CONAPIR
















Os Religiosos de Matrizes Africanas deram uma lição de organização e saíram fortalecidos da II CONAPIHR, a proposição da criação do Fórum Nacional de Religiões de Matrizes Africanas depois de muito dialogo foi consenso entre os religiosos e o documento de proposta de criação do Fórum foi lida pelo Ministro Edson Santos da SEPPIR.
O intuito de ler o documento na plenária não foi como forma de colocar para a apreciação da plenária da Conferencia, até porque o entendimento era que a criação do Fórum não era pauta proposta para a II CONAPIR, mais sim como forma de informar para todos que ali estavam presentes e para o País que o Movimento Religioso está se organizando cada vez mais e com isso se empoderando e lutando contra todo e qualquer tipo de discriminação, preconceito e intolerância religiosa.
Axé meu povo, me orgulho de ser Religioso de Matrizes, salve a CERNEGROACRE, UNEGRO, CARMAA E CEN.....PARA ALGUNS SÓ POLITICA E PARA A MAIORIA PROPOSICÃO E EFETIVA PARTICIPAÇÃO NA ELABORAÇÃO DE POLITICAS PUBLICAS E AÇÕES AFIRMATIVAS, ALEM DE ORGANIZAÇÃO E PENSAMENTO CONJUNTO COM RESPEITO E SERENIDADE.